A temporada de premiações está pegando fogo, mas não apenas pelos filmes indicados. A atriz Karla Sofía Gascón, estrela de Emilia Pérez, teve tweets antigos racistas e islamofóbicos expostos, gerando um escândalo que pode afetar as chances do longa no Oscar 2025. E como se não fosse suficiente, a atriz também se envolveu em uma polêmica com Fernanda Torres, protagonista de Ainda Estou Aqui.
A confusão começou quando Gascón afirmou que sua equipe teria sido alvo de campanhas difamatórias nas redes sociais, supostamente orquestradas por membros de produções concorrentes. O nome de Fernanda Torres e sua equipe foram citados indiretamente, o que gerou uma enxurrada de críticas. Mais tarde, a espanhola se retratou, alegando que suas palavras foram mal interpretadas e reforçando seu respeito por Torres.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas até chegou a investigar o caso, mas concluiu que não houve violação das regras do Oscar. No entanto, a polêmica expôs um problema cada vez mais comum: o uso das redes sociais como arma nas campanhas de premiação.
Sobre os tweets polêmicos da atriz de Emilia Pérez
Além do atrito com Torres, postagens antigas de teor racista e islamofóbico atribuídas a Gascón vieram à tona, causando um verdadeiro caos. Entre os tweets, ela chamava o Islã de “repugnante”, criticava a diversidade no Oscar e fazia declarações polêmicas sobre George Floyd.
A revelação gerou uma onda de críticas e muitos se perguntam como a Netflix, que investiu forte na campanha do filme, não detectou isso antes. Agora, o estúdio precisa decidir se continua apoiando a atriz ou se tenta se distanciar do escândalo.
Nos últimos anos, as redes sociais se tornaram uma peça-chave nas campanhas do Oscar, influenciando diretamente a percepção do público e da crítica. Cerca de 80% das campanhas utilizam estratégias digitais para fortalecer a visibilidade dos filmes. No entanto, essa dependência também abriu espaço para ataques direcionados, difamação e manipulação narrativa.
Casos como o de Gascón e Torres mostram como a disputa por estatuetas pode ir além do marketing, se transformando em verdadeiras guerras digitais. A Academia tem regras contra campanhas difamatórias, mas controlar esse cenário caótico é cada vez mais difícil.
Mas vale lembrar que o caso de Emilia Pérez não é o primeiro em que campanhas agressivas causaram controvérsias na temporada de premiações. Entre os exemplos mais marcantes, estão:
- 1999 – Shakespeare Apaixonado vs. O Resgate do Soldado Ryan
- A Miramax, sob comando de Harvey Weinstein, fez uma campanha agressiva contra o filme de Steven Spielberg, garantindo uma vitória surpreendente.
- 2010 – Guerra ao Terror vs. Avatar
- O produtor do primeiro enviou e-mails pedindo votos para seu filme e sugerindo que o concorrente não merecia vencer. Resultado? Foi banido da cerimônia.
- 2018 – Três Anúncios Para um Crime vs. A Forma da Água
- O filme enfrentou uma onda de críticas negativas, levantando suspeitas sobre possíveis ataques orquestrados por concorrentes.
Agora com o Oscar 2025 se aproximando, resta saber se a Academia tomará medidas mais rígidas ou se essas batalhas nas redes sociais continuarão.
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