O cinema de ação sempre teve espaço para protagonistas improváveis, e Novocaine leva essa ideia ao extremo. Jack Quaid (o Hughie de The Boys) interpreta Nathan Caine, um bancário que não sente dor – uma condição que o protege fisicamente, mas complica sua vida de maneiras inesperadas.
O filme, dirigido por Dan Berk e Robert Olsen, mistura comédia, ação e um toque de absurdo, equilibrando bem esses elementos sem se perder no exagero.

Uma premissa absurda que funciona
A premissa funciona porque o roteiro entende que o protagonista não é um herói nato. Nathan passa longe de ser um combatente habilidoso, e suas tentativas de lutar ou escapar dos vilões resultam em momentos tão cômicos quanto caóticos. Jack Quaid entrega um desempenho que valoriza a fisicalidade do personagem, tornando cada tropeço e golpe inesperado parte do humor natural da história.
A relação entre Nathan e Sherry (Amber Midthunder) também adiciona uma camada interessante ao filme. O roteiro trabalha bem essa dinâmica, criando um vínculo crível entre os dois antes do sequestro que move a trama. Isso faz com que a motivação do protagonista tenha mais peso, tornando sua jornada mais envolvente.
Visualmente, Novocaine adota um estilo energético, com cenas de ação bem coreografadas e um ritmo que mantém o espectador preso à tela. A direção consegue equilibrar tensão e humor, sem deixar que um atrapalhe o outro. Algumas sequências lembram o exagero divertido de John Wick, mas com um protagonista que claramente não nasceu para estar ali.

Quando o exagero pesa no ritmo de Novocaine
Se há um ponto fraco, ele está na reta final. O filme se estende mais do que deveria, criando uma sensação de desgaste antes do desfecho. Além disso, o vilão acaba sendo mais cartunesco do que ameaçador, o que pode tirar um pouco do impacto das cenas finais.
Mesmo com esses detalhes, Novocaine se sustenta como uma comédia de ação inteligente e bem executada. Jack Quaid prova que pode carregar um filme e se firma ainda mais como um nome forte para o gênero. Para quem busca uma experiência divertida e diferente do convencional, vale a pena conferir.
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Avaliação
Novocaine: À Prova de Dor
PRÓS
- Premissa criativa – A ideia de um protagonista que não sente dor adiciona um diferencial ao filme.
CONTRAS
- Ritmo irregular na reta final – O terceiro ato se estende além do necessário, tornando algumas cenas repetitivas.