A série Eric, lançada pela Netflix, é uma obra intrigante que mistura drama e suspense, estrelada por Benedict Cumberbatch. A trama se passa na Nova York dos anos 80, trazendo uma abordagem única e multifacetada com uma pitada de drama criminal.
Criada por Abi Morgan, a série tenta capturar a angústia de um pai em busca de seu filho desaparecido, mas acaba tropeçando em sua própria ambição de abordar múltiplos temas e tons.
Enredo e Produção de Eric
Eric conta a história de Vincent, um ventríloquo famoso que trabalha em um programa infantil semelhante ao Autarquias do Humor e Vila Sésamo. A vida de Vincent vira de cabeça para baixo quando seu filho, Edgar, desaparece a caminho da escola. A partir daí, Vincent se afunda em uma espiral de desespero, vício e alucinações, acreditando que trazer à vida um fantoche azul, Eric, pode ajudar a encontrar seu filho. O elenco conta ainda com Gaby Hoffmann e McKinley Belcher III, que entregam performances poderosas e emocionantes.
A produção da série é meticulosa, com filmagens realizadas em diversas locais famosos de Nova York. A trilha sonora, composta por Hans Zimmer e David Fleming, adiciona uma camada extra de emoção e tensão à narrativa. As cenas, por sua vez, são cuidadosamente ambientadas para refletir a época e os desafios sociais da década de 80, incluindo a crise da AIDS e a corrupção policial.
Pontos Positivos e Negativos
PRÓS
- Atuações: Cumberbatch e Belcher brilham em seus papéis, trazendo profundidade e complexidade aos personagens. As cenas de Vincent, especialmente, mostram a habilidade de Cumberbatch em expressar dor e desespero sem exageros, algo que me lembrou O Jogo da imitação, um filme fantástico.
- Ambientação: A série captura bem a atmosfera da Nova York dos anos 80, abordando temas como a crise da AIDS e a corrupção policial com autenticidade e sensibilidade.
CONTRAS
- Tonalidade entre Gêneros: A série Eric luta para equilibrar suas diversas subtramas e tons. A mistura de drama familiar com elementos de fantasia e suspense policial às vezes parece desconexa e confusa, deixando a narrativa desorganizada.
- Roteiro: Algumas cenas, especialmente aquelas envolvendo o fantoche Eric, parecem forçadas demais, podendo desviar a atenção do núcleo emocional da história. Isso cria momentos que mais distraem do que contribuem para a trama principal.
Mas é inegável que Benedict Cumberbatch, famoso por sua versatilidade, entrega uma performance intensa como Vincent, um homem consumido pela culpa e desespero. McKinley Belcher III, interpretando o detetive Michael, também foi outra revelação, trazendo uma camada de vulnerabilidade e força ao seu personagem. Gaby Hoffmann, apesar de um papel menor, ainda se destaca, adicionando profundidade à narrativa com sua representação da mãe sofrida e resiliente
A trilha sonora, composta por Hans Zimmer e David Fleming, é um dos pontos altos da série. Ela intensifica as emoções e cria uma atmosfera densa e envolvente. A direção de arte também merece destaque, recriando de forma autêntica a Nova York dos anos 80, com atenção aos detalhes que transportam o espectador para aquela época.
Por fim, Eric é uma série ambiciosa que, apesar de suas falhas, oferece performances memoráveis e uma ambientação envolvente. Para os fãs de Benedict Cumberbatch e de dramas complexos, a série é uma boa recomendação e claro, uma soma valiosa ao catálogo da Netflix, mesmo que nem sempre consiga juntar todas as peças do seu quebra-cabeça narrativo de forma coesa.
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Avaliação
Eric
PRÓS
- Ótimas atuações.
- A ambientação é um item valioso que casa bem com a obra.
CONTRAS
- Roteiro poderia ter se encaixado melhor.